Aloísio Magalhães, pernambucano de Recife, nascido em 1927, atuou em múltiplas frentes como homem público da política cultural, designer, pintor. Combinando lucidez e senso de perspectiva histórica a conhecimento cultural e sensibilidade artística, Aloisio refletiu profundamente sobre seu tempo e o papel da cultura no projeto de desenvolvimento nacional.
Formado em direito, tornou-se designer em 1960 e transmutou-se em político como um dos mais destacados pensadores da cultura no Brasil, defendendo nos âmbitos nacional e internacional o valor do patrimônio imaterial e a cultura popular brasileira.
Na área do design, realizou projetos icônicos como a criação das logomarcas de grandes empresas (Petrobras, Light, Unibanco) e do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, além da série de cédulas monetárias do Cruzeiro Novo. Como político cultural fundou o Centro Nacional de Referência Cultural (CNRC), que dirigiu desde sua fundação, em 1976, até sua fusão ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 1979 assumiu o cargo de Diretor-Geral do Iphan, ao qual associou o Instituto Pró-Memória, que fundou e presidiu até 1981, quando tornou-se secretário de Cultura. Faleceu aos 55 anos, em 1982, no auge de sua atividade política, representando o Brasil, em Veneza, Itália.