Mônica Sanches (org.)
O Cemitério dos Pretos Novos, na região portuária do Rio de Janeiro, foi, entre 1769 e 1830, o local onde eram enterrados os africanos escravizados recém desembarcados: já sem vida ou mortos logo após a chegada, devido às péssimas condições da travessia. A descoberta acidental do sítio histórico, em 1996, deu origem ao Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, que assumiu a missão de desencobrir as diversas camadas da história da escravidão daquele território – que inclui ainda Cais do Valongo, porto de desembarque de escravizados, e o mercado do Valongo, onde eram negociados.
Este livro é resultado dessa forte atuação e reúne treze textos de especialistas tratando dos diversos temas que atravessam esse espaço e tempo: história, memória, arqueologia, patrimônio, religião e herança africana. Tudo o que sobrevive.
“Desvendar o Valongo equivale a sequenciar o DNA do Brasil. O local, tão doloroso quanto emblemático, guarda nossos segredos. É no chão dos lugares que compõem o complexo institucionalizado pelo Marquês do Lavradio, em 1774, para confinar os primeiros passos dos africanos sequestrados e aportados no Rio de Janeiro, que encontramos as desolações e belezas formadoras do que somos.” Eliana Alves Cruz
Autoras e autores da edição: Andrea de Lessa Pinto, Carlos Eugênio Líbano Soares, Cláudio Zeferino, Eduardo Possidonio, João Carlos Nara Júnior, José Amilcar de Castro Santana, Júlio Cesar Medeiros, Laurentino Gomes, Marcelo Monteiro, Milton Guran, Monica Lima, Reinaldo Tavares, Ynaê Lopes dos Santos.
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